GC Aberto

Quatro décadas de isolacionismo

Por admin | SANTIAGO DE COMPOSTELA | 15/05/2020

Comparte esta noticia

“A fala da Galiza, o português de Portugal, o português de Brasil, e os outros português dos distintos territórios lusófonos formam um único diassistema lingüístico, conhecido entre nós popularmente como galego e internacionalmente como português”. [Ricardo Carvalho Calero]

Anxo Formoso, autor do artigo
Anxo Formoso, autor do artigo

Mais um ano vemo-nos na obriga de defender o nosso idioma perante a dramática situaçom na que se acha a língua da Galiza, o galego. Defender o galego como o que é, um idioma internacional. Nom é umha língua que só se emprega dentro das fronteiras da Galiza.

Quarenta anos de acordos normativos e ortográficos, redigidos desde o isolacionismo e impulsionados desde o poder político espanhol, onde tivérom no ILG, entidade estremamente setária e anti-reintegracionista, o seu máximo representante.

Após quarenta anos da imposiçom do modelo lingüístico-cultural isolacionista, os dados objetivos falam de umha grave deterioraçom do idioma e dos seus respetivos falantes. A

imposiçom de um modelo lingüístico e cultural a partir do espanhol nom serviu nem serve para favorecer a implantaçom do galego nem a identificaçom do nosso povo com o mesmo. Ao contrário, cada vez mais galegos e galegas se instalam na espanholidade. Enquanto sigam pondo límites ao galego como língua internacional, caminharemos inexoravelmente cara ao nosso suicídio como povo com cultura e língua milenária.

Ricardo Carvalho Calero. XUNTA
Ricardo Carvalho Calero. XUNTA

A dia de hoje, observamos o confronto entre duas cosmovisons completamente antagónicas: a progressiva assimilaçom ao projeto nacional espanhol ou a construçom de um projeto nacional próprio. Neste confronto, a sociedade galega tem que pôr todos os meios para umha planificaçom da normalizaçom do idioma em todos os ámbitos, e o rol das forças sociais e políticas comprometidas com a Naçom galega deve ser determinante.

É necessário traçar umha clara linha divisória com o projeto cultural espanhol para reforçarmos o projeto de soberania cultural e recuperarmos a memória e identidade históricas. Para isso, achamos que tornarmos o reintegracionismo em ferramenta normalizadora é de primeira necessidade, confluirmos com o tronco comum com o resto de países do mundo que usam o galego-português. O reintegracionismo defende que o hoje em dia definido como galego fai parte de um único diassistema lingüístico, conhecido internacionalmente como português. A fala da Galiza, o português de Portugal, do Brasil, e os outros português, som variantes de umha mesma língua. O reintegracionismo nom quer que mudes o galego que falas para falar português, senom que o galego que estás a falar agora mesmo, sem mudar absolutamente nada, é a mesma língua que falam no Porto ou no Rio de Janeiro, cada umha com as suas variantes lógicas e normais.

As cousas claras. Nom funciona o modelo “normalizador” institucional pactuado entre todas as forças com representaçom no Parlamento Autonómico. A estratégia do nacionalismo galego no ámbito político e social nom tem dado resultados tangíveis nestas quatro décadas. O trágico balanço é de perda progressiva de galegofalantes e paulatina espanholizaçom da sociedade galega, especialmente entre a juventude e o povo trabalhador.

Cada dia que passa, está mais claro que o reintegracionismo é a única possibilidade de evitarmos a hibridaçom à qual o nosso idioma está submetido pola abafante influência do espanhol. Pola experiência de muitos centros sociais e associaçons culturais espalhadas por todo o nosso país (que lográrom tecer umha ampla rede na defesa do galego internacional), afirmamos que o reintegracionismo é a única hipótese de alargar o número de falantes, de recuperar o seu uso, de prestigiar o galego, de depurá-lo da intoxicaçom e crioulizaçom que padecemos a comunidade galego-falante pola contaminaçom léxica, fonética, morfosintática do espanhol.

O facto de tornar-se reintegracionista fai que muita gente se preocupe pola suposta “perda da galeguidade”. Porém, achamos que ganhamos em consciência nacional e que o reintegracionismo luita pola conservaçom da nossa língua e do nosso povo.

A recuperaçom do galego por parte do povo trabalhador está indissoluvelmente ligado à conquista da independência nacional para recuperarmos a soberania. Só um Estado galego plenamente independente e soberano poderá normalizar o galego como a língua nacional da Galiza e de fazer frente às agressons do projeto espanhol na sua estratégia de se instalar de vez na nossa terra.

Um amplo movimento popular de base em todos os ámbitos e espaços sociais, fundamentado na defesa intransigente do reintegracionismo lingüístico e do monolingüismo social, logrará evitarmos o que Espanha e a UE tenhem traçado para aniquilar a língua e cultura do país dos castros e mil rios.

Anjo Formoso Varela

Anjo Formoso Varela é estudante de Filologia Galega na USC, membro de Estudantes

Antifascistas e fai parte da Direçom Nacional de Agora Galiza-Unidade Popular.

Galiza, 14 de maio de 2020

Comparte esta noticia
¿Gústache esta noticia?
Colabora para que sexan moitas máis activando GCplus
Que é GC plus? Achegas    icona Paypal icona VISA
Comenta
Comentarios 8 comentarios

6 Esperantista

Estupendo anónimo, para dar palestras maxistrais hai que ter un mínimo de coñecemento (non é o teu caso no contido nin en algo tan básico como a forma, até repites erros na puntuación). Tan simple que escrita e fala non precisan corresponderse, o modelo castelán usado para o galego apártase de calquera lóxica, das orixes e do futuro (está sobradamente explicado). Ninguén se atreve a dicir que o árabe magrebí e o árabe oriental son idiomas diferentes, e case non se entenden na fala! O árabe estándar non se fala en ningún lugar, e precisan del como instrumento! Se reparas no invento do valenciano para negar a unidade co catalán igual comprendes o problema político do galego-portugués. Claro que, para comenzar, igual terías que repasar o que son preconceitos (contra o galego-portugués, por suposto), que se notan cando acrecentas carga política (independentismo, nótase que proe e disparas ao vento).

5 anonimo

Lamentamos disentir con uu1. O lusismo será " bastante mais" que o que firma o panfleto, pero non por eso deixa de ser uhna postura ultraminoritaria en Galicia. E, ainda que lles proa aos lusistas, o galego e o portugués ( o que eles chaman nun esforzó dialéctico " galego internacional" ) son moi diferentes na fala. O lusismo é suicida, sería diluir o galego nun algo que non é galego. O " galego portugués" no existe., ninguén o fala. Existen o galego e portugués, que evolucionaron dun tronco común fai varios séculos. Tratar de meternos aos galegos no túnel do tempo é algo deliranrte.

1 uu1

O galego e o português são variedades do mesmo idioma, escuitemos a Castelao “O galego é um idioma extenso e útil, porque, com pequenas variantes, fala-se no Brasil, em Portugal e nas colônias portuguesas”, a Murguia “o galego e o português são um mesmo na origem, gramática e vocabulário”, ou aos ilustrados Feijóo “o idioma Lusitano, e o Galego são um mesmo” e Sarmiento: “a língua portuguesa pura não é outra que a extensão da galega”. Variedades existem em todos os idiomas, visitemos Valladolid, Cádiz ou Bons Aires, mas também Glasgow, Londres ou Nova Iorque, ou Paris e Montreal

4 dQNb

Catro décadas? E Rosalía de Castro non escribía non Ñ? E Curros Enriquez? Polo menos son 15 décadas.

3 anonimo

Pois eso, o que non ten, para nada,o lusismo, é " un amplo movimento de base". Falta a base social. Tampouco é certo que a UE teña " trazado" aniquilar" o galego ( ¿ Cómo? ¿ Donde?) O galego e o portugués son idiomas diferentes, sobre todo na fala.Abonda ir a Lisbao para comprobalo. E repetir os mesmos panfletos de fai cuarenta anos ( mesmo poñendo caras novas) so serve para subir o ego da secta, mais non para outra cousa.

2 anonimo

O que queirades, pero non sei cantas décadas de lusismo non conseguiron que tivera apoio social maioritario. Segue a ser algo sectario, sen base social ampla, e co mesmo ( e moi escaso) apoio social que o independentismo.O discurso dos dous vai unido, e os termos panfletarios e impermeables a realidade non mudaron desde fai décadas. Os panfletos lusistas non callan na sociedade. Repiten unha e outra vez o mesmo, e non son capaces de recoñecer o seu fracaso.

1 uu1

As suas afirmações são totalmente incertas. O independentista mais famoso, o único que teve algum poder, Méndez Ferrín, foi ademais de candidato da FPG presidente da RAG e apaixonadamente isolacionista. Por certo, o reintegracionismo e bastante mais do rapaz que assina o artigo