GC Aberto

Encetar unha empresa. Por Daniel Lago

Encetar uma empresa, às mais das vezes, é tarefa de mostrar fiabilidade no teu trabalho e ofertar, tanto for um bem, tanto for um serviço, alta qualidade a um preço razoável.

Por ENGALIZA | GC ABERTO | 21/04/2016

Comparte esta noticia

Após este domingo 17 de Abril, a escolha primeira dos afiliados e afiliadas de Compromiso por Galicia (CxG), foi a de ser fiáveis e exercer um altíssimo standard de qualidade democrática que, se calhar,  não existe noutras forças políticas galegas.

A fiabilidade, é um valor estratégico para ser diferente num mercado imperfeito, como é o mercado eleitoral e político, onde os mais dos actores já têm uma postura de preeminência ou de marginalidade, desde o mesmo ponto que serve de partida pela competência eleitoral.
Este pode ser um dos factores que vai a servir de lançamento da proposta, galeguista, europeista, progressista e social-democrata de CxG, dentro do panorama do sistema de partidos galegos, onde as mais das forças políticas que jogam neste tabuleiro, têm indefinidas ou agachadas as suas propostas ideológicas, os seus programas e no fundo, também, as suas tácticas. Se bem é certo, que existem duas estratégias claramente visualizáveis: uma que é a do Partido Popular de Galicia, manter o complexo político-administrativo no que sustenta o seu governo, que actua como sucursal de uma empresa com sede em paraíso fiscal; uma outra, a dos partidos e coligações na actual oposição parlamentar, chumbar ao governo do PPdG, sem uma proposta de País e de acção política medianamente séria e crível, além deste único e lexitimo objetivo. Uma oposição que pretende levar ao País a uma costeira incerta, com políticas públicas e com uma acção de governo que poderia tornar facilmente, a pouco que levantem-se tensões internas, em esquizoide.

Compromiso por Galicia, vem de apresentar uma nova estrategia no tabuleiro do sistema de partidos no País: apareceu uma força política com responsabilidade de governo para o País, um partido político definido por e para a governança. Contra ninguém, desde a democracia radical do seu funcionamento interno e desde uma visão progresista e galeguista e definido dentro da social-democracia e ingerido numa fonda defesa do europeismo, valores sob os quais poder defender o estado de bem-estar, a democracia parlamentar e modelo Europeu social e de mercado. Um projecto inserido numa Europa que é núcleo de políticas comuns para os estados membros.

A dia de hoje, onde as políticas públicas são multi-níveis, tanto a níveis territoriais, como organizativos; o moderno e o que pode levar a um maior bem-estar da nossa sociedade; é procurar um relacionamento com as estruturas políticas actualmente existentes entre iguais. O progressista e galeguista é começar a usar as actuais competências reconhecidas no Estatuto de Autonomia de 1981, que os sucessivos governos não executaram.

Um europeismo que tem que procurar uma relação de cada vez mais estreita com os países de língua oficial portuguesa. Abre CxG, ao tempo, uma porta aos e as votantes, que por distintos motivos e desde diversos níveis, até o de agora entravam nas coordenadas do PPdG, do PSdG e do BNG, porém, a día de hoje não querem apoiar a essas forças políticas; bem por desafeição, bem por castigo ou bem por falha de liderança. Também, desde a mensagem de "revolução sensata" que representa CxG, as e os eleitores de outros partidos, dos chamados “emergentes”; como pode ser Ciudadanos; que tiveram um grande resultado nas eleições a Cortes Gerais, podem dar ou prestar seu apoio no âmbito de umas eleições autonómicas a uma opção moderada e centrada no País, dada a dualidade de voto das e dos eleitores segundo o tipo de nível dos diversos processos eleitorais.

A irresponsabilidade de não apaixonar aos votantes de um PpdG em plena desafeição, ou aos e as eleitoras de um PSdG em dissolução efervescente, a irresponsabilidade de não oferecer um motivo para mudarem de voto a muitos e muitas galegas, é que neste instante deve ser motivo de uma profunda reflexão. Além do mais, CxG  deverá fazer um contrabalanço político e travar o traspasso de votos para Ciudadanos, desde outras formações, evitando no possível que este obtenha representantes.

Agir com responsabilidade é começar a estruturar uma mensagem, num espaço sociológico, até o momento deixado em mãos do "canovismo", o que deverá ser objecto obrigado de reflexão, quando menos de reflexão desde a responsabilidade. Por acaso, é também nossa responsabilidade como galeguistas, achegar uma proposta progressista, europeista e social-democrata que comprometa amplos sectores dentro da nossa proposta de governo para o País. E assim, com a promessa de ser sempre dos “Bons e Generosos”, seguiremos a fazer possível que Galiza viva 1000 primaveras mais.

* Daniel Lago é membro da Executiva de Compromiso por Galicia en Vigo e membro do Consello Político Nacional

Comparte esta noticia
¿Gústache esta noticia?
Colabora para que sexan moitas máis activando GCplus
Que é GC plus? Achegas    icona Paypal icona VISA
Comenta