Por Galicia Confidencial | Compostela | 24/10/2018 | Actualizada ás 10:54
Alexandre Brea (Santiago de Compostela, 1994) gañou o premio aRi[t]mar co poema 'Com o ritmo da chuva'. Considera que ter um estilo "reconhecível" é algo fundamental para um artista. "Também é essencial marcar as metas que um deseja alcançar e trabalhar ativamente para chegar a elas", engade nesta entrevista.
A pesar da súa vena poeética, Brea estudou o Grao en Física na Universidade de Santiago de Compostela que cursa na actualidade. Combina os estudos con outros intereses persoais como a fotografía, a música, a lectura e viaxar. Nos últimos anos participou nas obras poéticas Além do silêncio e Galiza e Moçambique.
Que representa para ti gañar este premio?
Ganhar este premio representa para mim um forte impulso à hora de continuar a escrever. Significa poder partilhar a minha visão do mundo com um maior número de pessoas e verificar que a gente gosta dos meus textos. No processo de escrever um livro estou completamente só e é fácil chegar a pensar que o que escrevo só tem sentido para mim. Ademais passa muito tempo até que os projetos se materializam. Por isso esta é a melhor recompensa ao trabalho feito.
Como valoras a situación actual da poesía en Galiza e en Portugal?
Penso que há muitos autores de qualidade, mas que estamos desligados da sociedade e que os nossos versos não chegam à maior parte da gente. Num mundo audiovisual continuamos a empregar os mesmos formatos de sempre e ficamos à espera de que o público se achegue a nossa obra sem mostrar-lha da maneira mais atrativa. Há muito trabalho que fazer neste sentido.
Que fortalezas atopas no uso do galego e do portugués como poeta?
A maior fortaleza vem à hora de falar da minha terra. Na minha opinião, não há melhor língua para escrever sobre um lugar que a língua desse lugar. Por outra parte a eleição da ortografia reintegrada abre-me muitas portas nos países lusófonos e deu-me a opção de resultar elegido para a antologia de novos poetas lusófonos Emergente, por pôr um exemplo.
Que lle transmitirías á xente que está a comezar na poesía?
Que tente buscar um estilo próprio e explorar caminhos novos. Ter um estilo reconhecível é algo fundamental para um artista. Também é essencial marcar as metas que um deseja alcançar e trabalhar ativamente para chegar a elas.
Que vas ofrecer na gala aRi[t]mar do 31 de outubro no Auditorio de Santiago de Compostela?
Tentarei oferecer alguns poemas inéditos e mostrar algo dum novo projeto que afunda na ideia de explorar novos formatos e procura uma atualização da poesia para que se achegue o mais possível ao público.
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