«Se se conhece português, as pessoas veriam que recuperam mais galego»

Eduardo Sanches Maragoto é o novo presidente da Associaçom Galega da Língua (AGAL). Umha associaçom que renovou diretiva para tentar impulsar o conhecimento da dimensom internacional do galego através da Lei Paz Andrade e para divulgar a idea da sua pertença ao mundo lusófono segundo sinala nesta entrevista.

Por Xurxo Salgado | Compostela | 06/11/2015 | Actualizada ás 08:00

Comparte esta noticia

Umha das principais linhas de trabalho da AGAL vai ser o acompanhamento da Lei Paz Andrade, «que necessita de um impulso social nestes primeiros anos». Por isso, vai lançar novos discursos para divulgar a ideia de que «a identidade lingüística e cultural galegas nom som contraditórias com a sua pertença à Lusofonia». Também que o galego seja conhecido no mundo lusófono.

Eduardo Sanches Maragoto con Isaac Alonso Estravis
Eduardo Sanches Maragoto con Isaac Alonso Estravis

AGAL manterá os principais produtos estrela das anteriores diretivas: os cursos aPorto, os atelieres OPS! nas escolas secundárias, a editora Através e, evidentemente, também o PGL e um site de formaçom que vai sair em breve.

Nesta entrevista, Maragoto também sinala que a AGAL, como instituiçom, «nunca falou» com o PP ou com o governo galego em relaçom à Lei Paz Andrade ou ao ensino do português na Galiza. «Esta lei foi aprovada no Parlamento da Galiza, aonde chegou por iniciativa popular», aclara. Ademais, sublinha que, como entidade, tampouco tem tido «muita relaçom historicamente» com a RAG e com o ILG, ainda que reconhece que «seria positivo para todas intensificar os contactos».

A AGAL elegeu novo presidente e quase fijo umha renovaçom de todo o seu Conselho. A que responde isto?

Houvo umha renovaçom das caras, das pessoas que estám na primeira linha. De facto, do Conselho anterior, só permanecemos Xico Bugueiro e eu. Os estatutos impedem que umha pessoa permaneça por mais de dous mandatos neste órgao e isto afetava vários cargos saintes. Mas quem conhece a AGAL sabe que representamos o mesmo projeto que os Conselhos anteriores, dando novos passos, mas na mesma direçom. Por isso, muitas pessoas que agora se incorporam já estavam mui próximas da direçom anterior nos últimos anos e muitas outras que dam um passo atrás ficam igualmente na órbita do Conselho, mesmo a dirigir áreas importantíssimas para a AGAL. Na verdade, sempre foi assim: o Conselho da AGAL é realmente umha equipa muito mais ampla do que aparece nos papéis, com bastantes sócios e sócias a participar em muitos projetos. Ora bem, é preciso reconhecer que o grupo eleito tem maior responsabilidade e carga de trabalho, incompatíveis com novas obrigaçons familiares e políticas que felizmente assumírom alguns membros do Conselho sainte. É a vida.  

Eduardo Sanches Maragoto, presidente da AGAL
Eduardo Sanches Maragoto, presidente da AGAL

Tu já tinhas experiência na direçom da AGAL. Dos novos membros que podes dizer?

Ficamos mui felizes por ter conseguido avançar com esta renovaçom, que deveria ser a base em que assentasse umha substituiçom completa das velhas caras do reintegracionismo no futuro. Assi, para além de Carlos Quiroga e de pessoas da minha idade ou próximas (tenho 38 agora), como Susana Arins, Xico Bugueiro e Eliseu Mera, surgem ativistas muito mais novos, como Ricardo Gil e Jon Amil, que tenhem feito um grande trabalho reintegracionista nos últimos anos, dentro e fora da AGAL, na área das relaçons com Portugal ou da Internet. Só nos preocupa o facto de nom ter incorporado mais mulheres. Nessa falta de participaçom feminina, que já conseguírom corrigir outras organizaçons reintegracionistas, deveremos pôr o foco nos próximos anos. Por outro lado, creio que no novo Conselho há pessoas com muito peso em certas áreas importantes para nós: as artes e o ensino.

Em todo o caso, comentache durante o discurso de encerramento da assembleia que o trabalho da nova AGAL será continuísta do grande trabalho feito por Valentim Fagim e Miguel Penas. Em que se reflete esse continuísmo?

Em primeiro lugar em que todas as áreas abertas e os principais produtos estrela das anteriores diretivas se vam manter: os cursos aPorto, os atelieres OPS! nas escolas secundárias, a Através e evidentemente também o PGL e um site de formaçom que sairá proximamente. De facto, na gestom destas áreas vam estar mui impicados os membros da anterior diretiva. Além destas áreas, elaboramos um programa realista, e ao mesmo tempo ambicioso, que assenta na ideia que levamos como nome da candidatura: Polo Novo Consenso. Este mote recupera umha campanha do Conselho anterior e pretende traduzir a ideia da urgência de um novo pacto social em relaçom à normalizaçom linguística do galego que assente na Lei Paz Andrade. Este consenso deveria colocar o conhecimento do português e os contactos com o mundo Lusófono como prioridade, algo imprescindível para assegurar a comunicabilidade do galego num futuro próximo.

Quais som os eixos sobre os que vai trabalhar o novo Conselho?

Como já dixem na resposta anterior, para além de manter as tarefas anteriores, a principal linha de trabalho vai ser o acompanhamento da Lei Paz Andrade, que necessita de um impulso social nestes primeiros anos. Vamos fomentar a sua aplicaçom no ensino e fazer propostas para que avance no ámbito das trocas humanas, sociais e audiovisuais com o mundo de fala portuguesa. É algo que deveriam fazer as instituiçons por si mesmas, mas entendemos que, como sociedade, devemos empurrar todo o que pudermos. Por outro lado, vamos lançar novos discursos para divulgar a ideia de que a identidade lingüística e cultural galegas nom som contraditórias com a sua pertença à Lusofonia. O esforço que vamos fazer para introduzir o português nas escolas pode levar as pessoas a pensar que nos limitamos a trabalhar com o português como língua estrangeira e queremos corrigir essa perceçom, porque é incorreta. Entendemos necessário que as outras variantes da nossa língua sejam conhecidas, mas o nosso objetivo é possibilitar a nossa variante, o galego, no mundo lusófono. Todo isto vem confluir com a ideia de gerar um novo consenso social a favor do galego assente na Lei Paz Andrade.

Precisamente há um tema que parece que aproximou, e muito, a AGAL com o PP e com o Governo nos últimos tempos, que é o ensino do português. Trabalhades juntos na Lei Paz Andrade e a Junta dixo que a ia fomentar. Que relaçom ides manter com o Governo galego?

Antes de mais, é preciso esclarecer que a AGAL, como instituiçom, nunca falou com o PP ou o governo galego em relaçom à Lei Paz Andrade ou ao ensino do português na Galiza. Esta lei foi aprovada no Parlamento da Galiza, aonde chegou por iniciativa popular, com umha insólita unidade de todos os grupos, e isto demonstra a grande adesom que concitam o ensino do português e o reforçamento dos vínculos com a Lusofonia, que som percebidos como umha necessidade, como um objetivo estratégico para o nosso país. Ainda que nom fosse a AGAL como tal, muitos sócios e sócias da associaçom participárom no longo percurso da Lei Paz Andrade, e estamos mui satisteitos de que todas as forças parlamentares, nom só o PP, também PSOE, BNG, AGE e Grupo Mixto, tenham entendido a importáncia de algumhas propostas que historicamente fijo o reintegracionismo.

Porém, ainda estamos longe de ver umha implicaçom ativa do Governo no sentido de aplicar a Lei Paz Andrade, que por agora está a avançar sem ajuda institucional no ensino. Por exemplo, o português aumentou significativamente nos centros educativos este ano (duplicárom-se as inscriçons); imagina como seria se houvesse umha política de fomento real por parte das diferentes instituiçons galegas, como exige a Lei! Na AGAL sabemos que as leis e os posicionamentos das administraçons públicas som muito importantes, mas ainda tem mais importáncia aplicar o que se aprova no Parlamento. Para isso é fundamental que a sociedade civil continue a exigir que se cumpra o aprovado unanimemente. Esse é o nosso papel e, com este ponto de partida, o nosso desejo é ter as melhores relaçons possíveis com qualquer instituiçom ou organizaçom interessada em avançar no sentido que propomos. A mesma mensagem enviamos a qualquer partido político ou organismo cívico aberto a ouvir as nossas propostas: quem nos conhece sabe bem que nom somos umha associaçom do ‘nom’, senom que recebemos e fazemos propostas para colaborar com quem as deseja levar a cabo.

À gente que ainda é reticente quando ouve que o galego é português, que lhe dizedes?

Cada reintegracionista tem a sua resposta particular, porque de facto nom existe umha única resposta nem há verdades absolutas nesta matéria. No meu caso particular, eu digo-lhes que a maioria das línguas da nossa área geográfica som complexos mui amplos, falados em muitos países, que admitem muitas variantes. Essas variantes nom tenhem nada que perder quando estám integradas num ámbito maior. É o contrário: devem estar relacionadas e coordenadas para nom perderem força do ponto de vista das possibilidades comunicativas. Se limitarmos a consideraçom de galego ao que falamos apenas na nossa localidade, o futuro da língua é incerto. Em qualquer caso, tenho a sensaçom de que muitas reticências se explicam porque nom se conhece bem o português. Se fosse conhecido, as pessoas veriam que recuperam mais galego do que perdem através do contacto com as outras variantes da língua. 

Mas sabedes que, com esta questom, ainda há umha barreira mental na Galiza. Eu, que sou da raia, sei que as identidades estám mui marcadas a um lado e outro do rio. Que pensas que há que fazer para a romper?

Si, claro, e é normal. As fronteiras políticas geram identidades divergentes mui fortes; isso é inevitável e o nosso objetivo nom é ignorá-las, senom torná-las compatíveis, fomentando também aquelas outras identidades compartilhadas que se mantenhem apesar da raia. No caso particular da língua, a comunidade natural é evidente, mas a ortografia acentuou a identidade divergente de forma artificial, escrevendo-se Minho e Miño a um lado e outro da raia. Em qualquer caso, esta é a realidade e com ela devemos trabalhar. No nosso programa levamos várias iniciativas para promover o conhecimento mútuo entre os dous lados da raia, passo prévio essencial para superar qualquer fronteira, para converter as diferentes identidades em riqueza compartilhada: promover eventos turísticos comuns como o caminho português de Santiago, geminaçom de vilas, trocas audiovisuais, etc. A Internet marcou-nos o caminho nesse sentido: desde que existe, a perceçom do português e Portugal que tem a sociedade mudou radicalmente, porque facilitou um conhecimento mútuo Galiza-Lusofonia que desfijo muitos preconceitos. 

Que tal a relaçom com a RAG e com o Instituto da Língua Galega? Intensificaredes a relaçom?

Nom temos tido muita relaçom historicamente, entre outras cousas porque nós somos umha associaçom cívica e a RAG e o ILG som instituiçons semipúblicas, mas seria positivo para todas intensificar os contactos. Afinal de contas, compartilhamos o objetivo de dignificar a nossa língua e cultura, ainda que tenhamos diferentes estratégias para o conseguir. Há muitas áreas em que nos podemos ajudar: para nós, o trabalho descritivo do galego que estas instituiçons fam é fulcral e, em sentido contrário, creio que na RAG e no ILG sabem que o conhecimento e contacto com o português é fundamental para preservar o valor comunicativo do galego.  

Crês que é possível que algum dia se chegue a umha confluência de normativa ILGA e AGAL?

Isso vejo-o mui complicado, seria forçar demasiado. Há demasiada distáncia entre a ortografia portuguesa e a espanhola como para poder chegar a um acordo técnico. Mas vejo possível e desejável que as duas posturas gráficas, a reintegracionista e a autonomista, convivam e se reconheçam como duas possibilidades de galego. Penso que isso nom está tam longe e facilitaria o trabalho conjunto de todas as pessoas que procuramos um espaço para o galego na nossa sociedade e no mundo. Creio que algum dia as instituiçons acabarám por reconhecer o nosso modelo de língua como mais um e as pessoas poderám escolher qual lhes convém mais em cada momento ou situaçom. Seria positivo para todo o mundo. 

Precisamente, um dos teus objetivos como presidente será o da confluência normativa dentro da própria AGAL. Em que consiste isto?

O nosso caso é diferente do anterior, porque há mui pouca distáncia entre as duas tradiçons morfológicas que convivem no reintegracionismo, umha mais chegada ao português e outra mais chegada às falas populares, e ambas podem conviver numha única norma facilmente. Ademais, todos estamos de acordo no essencial: a nossa língua também se fala fora da Galiza e deve compartilhar ortografia com os outros 8 países de língua portuguesa. O processo que encetamos nesta assembleia é semelhante ao que já aconteceu entre a normativa do ILG-RAG e os “mínimos” (que passou a admitir amábel/amable) no ano 2003 ou entre Portugal e o Brasil (que admite António/Antônio) no AO de 1990. Trata-se de um processo que faltava por fazer no reintegracionismo e agora decidimos avançar com ele. Consiste, por um lado, em simplificar duplicidades que admitia a norma e que os usos reais das pessoas reintegracionistas fôrom reduzindo a favor de umha determinada forma (os apelidos terminados em –es impugérom-se claramente sobre os terminados em –ez, por exemplo). Por outro lado, passaríamos a admitir duplicidades que assentam nos usos reais das pessoas (capitão/capitám; coração/coraçom), que habitualmente usam um galego reintegrado mais próximo do português ou menos dependendo do contexto. 

Umha curiosidade... o conselho foi eleito com 87% dos votos. Porque há um 13% que nom está de acordo convosco?

A oposiçom tivo que ver com este tema, e assim foi explicado na assembleia. Realmente, o voto negativo foi só de 6%. O resto, até 13%, forom votos brancos e abstençons, mas de qualquer modo vamos trabalhar para conseguir a adesom de todos os sócios e sócias reticentes à nossa proposta. Estas pessoas entendem que é melhor manter as duas normas claramente diferenciadas (a norma AGAL e o padrão português), por diferentes motivos, desde pedagógicos até ideológicos. A verdade é que a todos nos custa um pouco dar este passo, porque com a norma da AGAL, tal como a conhecemos até hoje, nasceu o reintegracionismo moderno e todos e todas nós temos um grande vínculo sentimental com ela, mas o certo é que umha maioria mui ampla dos sócios e sócias pensa que já chegou o momento de apresentar umha proposta única à sociedade.  

E nom tem que ver isso com diferenças políticas? Até há pouco associava-se a AGAL com o mundo independentista, mas parece que agora o sócio da AGAL é mui diverso. Continua a haver essa mistura de política e AGAL?

O reintegracionismo cresceu muito nos últimos anos, sobretodo em simpatizantes, quer dizer, em pessoas que, sem serem 'militantes' do reintegracionismo, compreendem as suas razons e apoiam-no em diferentes ámbitos. Isso tornou o movimento mui diverso politicamente, é verdade, e em certo modo, os passos que estamos a dar pretendem ter em conta que hoje em dia já nom há umha única maneira de ser reintegracionista. Continuará a haver pessoas que sejam reintegracionistas por diferentes razons políticas, culturais ou mesmo filológicas, mas pensamos que nos próximos anos continuará a aumentar o número de simpatizantes que se cheguem a nós por razons meramente práticas. O reintegracionismo tem que fazer propostas para toda a sociedade e preparar-se para dar cabimento a qualquer pessoa, fale como falar e pense como pensar politicamente.

E já para finalizar. Três palavras do galego-português que cumpre que todos saibamos.

Eu penso que usar os dias da semana contados polo sistema de feiras (quarta-feira, quinta-feira), o verbo achar com o valor de 'pensar' (acho que vai chover) e o adjetivo pronto (“estou pronto”; com o valor de 'preparado', diferente de cedo) som três bons exemplos de como podemos usar o modelo de língua reintegrado para recuperar termos que usavam os nossos avós e que ainda chegárom vivos, ainda que mui debilitados, ao século XXI. 

Comparte esta noticia
¿Gústache esta noticia?
Colabora para que sexan moitas máis activando GCplus
Que é GC plus? Achegas    icona Paypal icona VISA
Comenta
Comentarios 41 comentarios

5 Haxa Paz...

O que está claro é que todos coincidimos na fin última, que é a defensa da lingua, mais onde se ven as diferenzas é no camiño que temos de seguir. Cadaquén que saque as súas conclusións, pero estas discusións eternas en foros, con ataques mesmo políticos que escapan do eido lingüístico, deixan ver o paisiño de pena que temos. Que non comparta algunhas cousas coa AGAL non significa que as suas intencións sexan oscuras, hai quen os comparou con Malicia Vilingüe. Ridículo.

1 O Príncipe dos Mouros

Eu non teño cartos para ir de safari a Mozambique. Non son o rei de España. Teresa Moure, si. É alta funcionaria.

2 Haxa Paz...

Contraargumento de altura estratosférica.

3 nostrus

Pues claro que es ridiculo compararlos con Galicia Bilingüe ya que esta asociacion nada tiene contra la lengua gallega y defiende el uso de las dos lenguas oficiales de Galicia y no pretende que ningún gallego cambie el chip lingüistico y menos por una causa identitaria uniformadora que solo puede caber en mentes fascionalistas. La verdadera identidad es la que va aparejada a la realidad social y nuca la diseñada postizamente por mentes alucinadas. En Galicia tenemos dos lenguas para que los ciudadanos se comuniquen del modo que mejor se expresen.El gallego no compite en ninguna liga y no sufre ni padece y le importa un pito que lo usemos o no. Somos las personas las que elegimos usar una lengua y nunca al revés.

4 O Príncipe dos Mouros

Nostrus, a adquisición da lingua materna é involuntaria e o nivel de exposición aos dous idiomas non é equitativo. GB quéixase constantemente de que os poderes públicos queiran corrixir ese desequilibrio. Iso é facer trampas.

5 nostrus

O Príncipe dos Mouros:Galicia Bilingüe pide que os cativos estuden na sua lingua propia e aprendan tamen a outra lingua de Galicia, ¿onde esta a trampa?. Eu, no meu caso, só pido que se trate ao galego como unha lingua e deixe de tratarse como unha relixion e pido que lle recen ao galego só aqueles que lle queiran rezar. Paréceme ridiculo querer igualar as duas linguas de xeito que para eso alguen teña que trocar o chip lingüistico. ¿Por que non se aplica ese mesmo criterio noutros ambitos?, que haxa tantos homosexuais como heterosexuais, que haxa tantos do Dépor como do Celta, ¿por que non vos laiades do descenso de fieis da fe católica?. Para min que cada un fale o que queira, que haxa os homosexuais que queiran e os católicos que queiran e estou a favor de que se protexa o galego, pero sin que ninguen directa ou indirectamente se vexa obrigado a usalo.

6 Españolistas dades noxo

Tes razón vostrus. Habería que pedir que o galego fose lingua oficial en todo o estado e que estivese imposto a todos os cidadáns do estado, que todos os documentos oficiais tivesen que estar traducidos ao galego para ser válidos e que os comunicados do estado estivesen todos en galego. Eu estou a favor da igualdade de direitos coma ti.

7 nostrus

Españolistas dades noxo:Pues si gallego y español tuvieran realidades lingüisticas cambiadas, sería como tu dices, el gallego seria la lengua oficial y comun de todos los españoles y el castellano seria solo de Castilla. Pero la realidad es otra y yo no tengo la culpa. Espero que si pides que el gallego sea oficial en Cataluña, tambien pediras que el catalan sea oficial aqui. El castellano es un idioma que se origino en La Rioja, creció y su dimensión paso a ser español y ni tu ni yo tenemos la culpa. El gallego nacio en el norte de Galicia, se extendio hacia el sur y tras diferentes evoluciones paso a ser portugues por un lado y gallego actual por otro y ni tu ni yo tenemos la culpa.

8 Apocalipsis Bilingüe

Se vostede fose tan liberal como di tamén o pediría. No canto diso perde o tempo en xustificar a imposición do castelán. De nacionalistas ata o carallo mire.

9 nostrus

Apocalipsis Bilingüe, eu tamen estou farto dos nacionalismos, de feito só valen para enlear e polarizar e enfrentar a sociedade mediante inventar inimigos, sufrir alucinacions e crear pallas mentais, teñen serias limitacions para orientarse no espazo e no tempo. Pode que as suas tontadas sean boas como lasante

10 Apocalipsis Bilingüe

Tes razón, os nacionalistas sempre andades a inventar cousas coma que se impón o galego, cando a única imposición que sufrimos todos desde hai moitos anos, é a do castelán.

11 costrus vilingüe

Os cativos não têm "lengua propia" nem "impropia": aprendem aquela que lhes impoem pais, a escola, a sociedade, etc... : por exemplo, ti colhes um bebé galego e podes fazer que fale inglês, russo ou suaili. Aliás, só tem Liberdade de escolha aquela pessoa que conhece e domina da mesma maneira mais duma Língua. Logo, se os vilingües fóssedes sinceros defenderiades a igualdade social real das Línguas, mas em verdade só defendedes o assovalhamento do galego... ide prà mer.da, ho!!

12 ixtlan

Desde logo, este Nostrus. Mira que dicir que o castelán se orixinou en La Rioja... Se don Ramón Mendéndez Pidal levantase a cabeza. Pero a ver, alma de Deus, non liches en ningún libriño que o castelán se orixinou ó norte de Burgos. Polo menos da historia do español deberías ter algunha idea. Madia leva! Que atrevida é a ignorancia... Se nin sabes o abc entendo que non poidas ir máis alá e entende-la relación histórica e actual entre galego e castelán. Iso é demasiado avanzado para ti, supoño.

4 de que caralho tades a falar?

Os que defendedes o galego normativo estades a defender a morte da nossa língua. Comparar umha organizaçom como a agal com Galiza bilingue deixo muito que desejar de vos. Se o galego nom vos é útil na lusofonia ha de ser pola vosa lusofobia

1 alexandre banhos

Não acredito que não se posa defender a proposta ILG-RAG, e isso estando convencido de ser a melhor para a língua, polo que for. Todos os reintegrantes temos passado, e nesse passado estávamos mais ou menos alá. É mais útil olhar o que a todos nos une e tirarmos as diferenças para o lado, pois há muita cousa na que podemos somar e cooperar. Por suposto o que há é que exigir respeito ao reintegracionismo e o seu reconhecimento com absoluta normalidade, Trata-se do país e seu futuro e para isso não sobra ninguém

2 Lois

No tema nacional e ben seguro que coincidimos. No tema da lingua, non. Falo e escribo no que antes chamabamos "galego de mínimos" e acho que é perfectamente válido e digno. Traballo con tughas, vou deseguido a Portugal, entendo e leo na súa lingua, amo a música de aló...mais non é esa a miña lingua. Estou por que se ensine o portugués, pero non esa neolingua que inventan os portuguesistas...iso que carallo é? O paralelismo que fago cos GB non é brincadeira, pois é sabido que o mesmo ca eles o que se persigue é a desaparición dun idioma cativo e desprestixiado argüindo vantaxes económicas para a súa substitución por outro de máis caché... O devir historico levou ao galego e ao portugués a onde estan. Eu vexo que temos uns traidores no nacionalismo galego e estes son os integracionistas.

3 Eduardo Pais

Esclarecedora entrevista ao meu tocaio. Acho que as sócias e sócios da AGAL tivérom um bom acerto apoiando-o para presidente. Quem sabe, até é possível eu me tornar sócio. Parabéns!

2 O Príncipe dos Mouros

O portugués é para os fillos pijos dos funcionarios do BNG, que teñen cartos e vacacións pagadas para viaxaren pola Lusofonía (= Hemisferio Sur), coma o señorito Adríán Dios, que foi facer parapente ao Brasil este verán. O resto dos mortais non lle encontramos moita utilidade.

1 Albertinho de Galiza

Claro, os milleiros de galegos que traballaron no Brasil e os que están a ir aló con compañías multinacionais son fillos de papá. O mesmo ocrre en Portugal: os empresarios que montan empresas no país veciño ou que venden nel, e os seus empregados, son burguesía. Que nivel!

2 O Píncipe dos Mouros

Pero, tan a favor estades da emigración e da inviabilidade económica de Galicia? Cun nacionalismo coma o voso, quen necesita a Alberto Núñez Feijóo!

3 Albertinho

Cambias de tema pq fas o ridículo. Cando unha empresa especializada, por exemplo, do eólico, vai a Brasil lfva traballadores especializados, ningún fama de emigración típica. Tampouco che falaba de nacionalismo, só de língua.

4 Adrián Dios

Ei tío, que o que fixen foi facer paracaidismo, non parapente. Xa que queres vacilar, a poder ser faino ben joder. Por outra parte, estiven alí dando aulas e non de paseo, pero hainos que non temos vidas tristes e aproveitamos o tempo en lugar de comentar no Galicia Confidencial todos os días. Beijos ;)

5 O Príncipe dos Mouros

Eu non sei se fuches dar clase ou non. Eu sei que es a nova cara do BNG nos medios e que, botándolle -por curiosidade- unha ollada á túa conta do Twitter, quedei ABRAIADO co nivel de vida que levades os militates do BNG (agora se entende a matraca co portugués... ). Máis nada. Vacilar, eue?! Que rapaz tan susceptible, por favor... :)

1 Lois

Canto vai tardar unha colaboración (por baixo ou non) coa Galicia Bilingüe? A coincidencia nos obxectivos é obvia.

1 O Príncipe dos Mouros

Está claro! Estes reproducen exactamente os mesmos prexuízos a respecto da nosa lingua... Ah, pero estes son dos bos! Os de GB son os malos! Eu non vexo diferenza!

2 nostrus

O Príncipe dos Mouros:Os bos son os de GB porque a eles importalle mais o dereito das personas. GB defende o bilingüismo para que cada galego use a lingua que lle pete no ambito que lle pete, algo que lle molesta aos que só lle importa a situacion do galego.