Urgente leitura comunista do falido golpe de estado trumpista

A manobra trumpista de ocupar o Capitólio nom está inspirada na correta declaraçom de princípios de "tomar o céu por assalto", manufaturada por Karl Marx.

Por Carlos Morais | Compostela | 10/01/2021

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Mais bem deriva da história de contínuos golpes de estado, invasons e intervençons militares contra os povos do mundo. Prática inerente aos inquilinos do poder político de Washington, iniciada com a aniquilaçom dos povos indigenas já antes da declaraçom de independência de 1776, da guerra contra a cidade-estado de Trípoli em 1801, até o recente golpe contra o governo progressista na Bolívia em 2019, e as açons injerencistas contra a Venezuela bolivariana.

Os sucessos de ontem, no centro neurálgico da institucionalidade do imperialismo ianque, nom fôrom um movimento insurrecional promovido pola classe obreira norteamericana. Respondem à virulenta disputa entre fraçons burguesas por gerir ao seu favor a turbulenta crise crepuscular do modo de produçom capitalista.

A profunda multicrise estrutural que padece o capitalismo obriga procurar hegemonia de forma violenta entre as fileiras do bloco oligárquico. O que antes se negociava, agora deve ser arrancado de jeito aparentemente menos amigável.

Assistimos aos primeiros episódios de um conjunto de convulsons no coraçom do "sistema-mundo".

Donald Trump era consciente desde o primeiro minuto que nom contava com o aval do complexo militar-industrial, verdadeiro poder real nos EUA. O establishment levava semanas enviando mensagens em prol de umha transiçom pacífica e ordenada.

Porém, umha fraçom do Partido Republicano optou por tentá-lo, pois assim Trump reforçava o liderato entre os seus seguidores e facilitará avançar na rutura do Partido Republicano, criando condiçons para o agromar de umha nova força política que quebre o artificial bipartidismo da falaz democracia norteamericana.

O comunismo revolucionário galego nom critica o assalto do Capitólio por quebrar as normas da democracia burguesa, em realidade a ditadura encuberta da burguesia.

Nom alinhamos com as condenas das "esquerdinhas" que como papagaios e ventriloquistas repetem umha e outra vez o discurso sistémico.

Nom apoiamos os apelos a respeitar as 'regras democráticas'. Pura trapalhada!

O assalto ao Palácio de Inverno de Petrogrado na madrugada de 26 de outubro de 1917, foi chave no êxito da Revoluçom bolchevique, logrando capturar o Governo provisório e facilitando a descomposiçom do póstzarismo.

O mundo novo polo que luitamos nom emergerá de Capitólios, de Cortes, paços do Hórreo, nem de Parlamentos ou Assembleias Nacionais.

Nascerá da insurreiçom operária e popular, de organizar umha Revoluçom Socialista que derrubará este mundo velho que cai a pedaços, para edificar um mundo novo, o que nalgum momento da sua vida todo ser humano algumha vez sonhou.
O projeto fascista que Trump representa é o nosso principal inimigo, mas o liberalismo globalista e imperialista de Biden só se diferença nas formas.

O agravamento da crise institucional dos EUA é pois umha boa notícia!

 

Un traballador de Alcoa San Cibrao queima unha bandeira de Estados Unidos diante da factoría tras coñecer a anulación do TSXG do ERE da empresa en Cervo, A Mariña, Lugo, Galicia (España), a 17 de decembro de 2020.. E. Vázquez
Un traballador de Alcoa San Cibrao queima unha bandeira de Estados Unidos diante da factoría tras coñecer a anulación do TSXG do ERE da empresa en Cervo, A Mariña, Lugo, Galicia (España), a 17 de decembro de 2020.. E. Vázquez

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Carlos Morais Carlos Morais nasceu em Mugueimes, Moinhos, na Baixa Límia, a 12 de maio de 1966. Licenciado e com estudos de doutoramento em Arte, Geografia e História pola Universidade de Compostela, tem publicado diversos trabalhos e ensaios de história, entre os quais destacamos A luita dos pisos, Ediciós do Castro, 1996; Crónica de Fonseca, Laiovento, 1996, assim como dúzias de artigos no Abrente, A Peneira, A Nosa Terra, Voz Própria, Política Operária, Insurreiçom, Tintimám, e em publicaçons digitais como Diário Liberdade, Galicia Confidencial, Sermos Galiza, Praza Pública, Odiário.info, Resistir.info, La Haine, Rebelion, Kaosenlared, Boltxe ou a Rosa Blindada, da que fai parte do Conselho assesor. Também tem publicado ensaios políticos em diversos livros coletivos: Para umha Galiza independente, Abrente Editora 2000; De Cabul a Bagdad. A guerra infinita, Dinossauro, 2003; 10 anos de imprensa comunista galega, Abrente Editora 2005; A Galiza do século XXI. Ensaios para a Revoluçom Galega, Abrente Editora 2007; Galiza em tinta vermelha, Abrente Editora 2008; Disparos vermelhos, Abrente Editora 2012. Foi secretário-geral de Primeira Linha entre dezembro de 1998 e novembro de 2014. É membro do Comité Executivo da Presidência Coletiva do Movimento Continental Bolivariano (MCB). Fundador de NÓS-Unidade Popular em junho de 2001, formou parte da sua direçom até a dissoluçom em maio de 2015. Na atualidade, fai parte da Direçom Nacional de Agora Galiza e do Comité Central de Primeira Linha.