Artigos de Cobrantas - Ugia Pedreira

A Nogueira, propom deixar de falar e deixar de cantar

Abro este Cobrantas do 2015 cuma irmá da música com a que caminho desde a época em Chouteira até que a deusa terra queira. Falamos de Olga Nogueira, amadora do acordeom, filóloga e gestora cultural em aCentral Folque formada entre fora e dentro do pais musgo. Uma das valerosas mulheres galaicas como escrevia Federica Montseny no 36, a Nogueira com caracter (mau seria que nom o tivera) que tem tronzado e esculpido-se a si mesma nos múltiples oficios que dá a música feita em galego.

Inés Portela, e o oficio da gestom cultural entre fogons

O percorrido de Inés Portela é muito interesante para Cobrantas porque desde o anonimato, desde a sombra que é impossivel sem luz fai e desfai projectos arredor dos músicos e das músicas. Xoven, valente, preparada, aceptando erros e acertos, aceptando desafios e cuma forte potencia interior que a leva desde a casa familiar a dar pê e ponher pedrinhas na gestom cultural em Galiza. Pode ter o orgulho de que a sua família apoia a Inés num oficio pouco convencional e assim Inês converte-se numa profesional coidadora mas nom amamantadora, numa profesional que vem de cerna da sensibilidade com a madeira ou da comida feita na cozinha de lenha. Aqui vos deixo um prazer de entrevista com esta facilitadora de aczons musicais e delicada mao para dar de comer.

Maria Fumaça

O grande impulso e força que pode causar uma criança com paralisia cerebral na família e amigos é o maior ejemplo de vida do disco-livro Maria Fumaça. Neste projecto a música situa-se na sua funçom anterga e mais precisa: a saúde. A entrevistada é a terra mãe, Chus Dominguez. Artista de lápis, compositora de excelentes canzons infantis, mãe de Rui e centrifugadora de tudo o que acontece ao redor do núcleo, o menino Rui, que veio a trazer sacos de alegria a muitos meninos-as e famílias que consideramos normais.

A Arca de Noé esta numa aldeia de Ourense

Cobrantas postra-se diante desta mulher que admiro na que o dito e o feito vam no mesmo carreiro. Proponho-lhes conheçer um dos projectos mais interessantes que tem a Galiza Interior, nessa Aldeia que ainda pareça abandonada nom o é porque muitos de nós temos uma dentro.

A Escondida de Ortegal

Muitos som os lugares especiais onde a música e o baile som auroras que alumeam o bem viver, eu conhezo algumas, será por isso que amo vi-ver.Tou a falar duma península entre duas formosas praias no Norte da Galiza, entre as estudadas e elogiadas montanhas de Ortegal onde remata a terra e comeza o mar: Espasante. Se Cristina Peri Rossi ou qualquer outra escritora alquimista do detalhe estiveram entre a vida espasantina encheriam páginas para a memória (lembra-me de Rossi a "La ciudad de Luzbel"). Um pequeno Porto que perdeu barcos de pesca, onde as mulheres - mai protegem aos homes -filhos, ali onde as conversas dam-se á filosofia existencial e a gente atenciona ainda ao mar, ali hà dous locais de concertos, muitos bares onde os homes-filhos cantam e coma no resto do planeta quando o sol chega ao seu ponto mais alto comeza a declinar. A beleza deste sol é especial na terraza do Café Concerto A Escondida, e algumas possiveis respostas do misterio espasantino está nesta entrevista a Ramón Peña, taberneiro e músico de Ortegal.

Alberto Vilas: “A música é a actividade máis marabillosa que pode facer calquera persoa”

Há artistas que seguem desde o princípio e desde primeira pessoa tudo o processo do seu disco: composiçom, grabaçom, masterizaçom, desenho, fábrica, textos de comunicaçom, eleiçom da fotografia... este é o caso de Alberto Vilas entre outros-as que iremos conhecendo em Cobrantas. Alberto Vilas medrou no jazz galego e é ademais dos músicos com filhos que eligirom este “xeito de vida” possivel num pais onde a cultura e a educaçom sente a decadencia política. Alberto Vilas um ejemplo normal de estar na música desde o ensino, o palco e a creatividade que é simbolo de inteligéncia.

Ábrete de orellas

De como um projecto nasce da ilusom e o amor pola música sem fronteiras, isso é o programa “ÁBRETE DE ORELLAS” assinado por Pepe Cunha desde Ferrol. Aqui vos deixo uma transparente e decidida entrevista com Pepe onde vocês podem verificar em que médula se torna a comunicaçom musical neste canto da Europa. Ábrete de Orellas é um autofalante necessário e decididamente alternativo para quem quer conhecer e reconhecer o mundo da música sem bipartidismos, com as orelhas abertas a todas as ondas.