A ver, Príncipe dos Mouros. Está claro que nom profundaches moito máis no tema e ficaches co que che dixerom na classe. Em verdade nom é culpa tua. Um nom pode ser especialista em todo mais, pola mesma raçom, um deveria expressar-se com máis cautela e nom sentar como verdades absolutas o que só som teorias máis ou menos aceitadas .
A teoria dos Kurgan (em russo "túmulos", chamada assim pola cultura arqueológica do mesmo nome) é umha das setenta ou máis teorias da Urheimat que se levam fazendo desde hai douscentos anos. É umha teoria, nom um feito incontestável. Todas elas seguem o chamado modelo invasionista, que postula que um povo em umha ou várias vagas foi asobalhando os povos de línguas pre-indoeuropeas dende o Calcolítico até a sua desapariçom. O invasionismo en geral, e a teoria dos Kurgan em particular foi basicamente desmontado polo arqueólogo Colin Renfrew hai já quase 30 anos. Pois a arqueologia desde hai já médio século nom explica as mudanças culturais como umha sequência de invasóns, senóm em grande parte como difusom mediante troco de ideas e esporadicamente pequenos movementos de povoaçom. Nom descarta, isso sim, que tivesse havido casos de "limpeza étnica", mais estes seriam a exceçom á regra.
A maioria dos indoeuropeístas aceitam a teoria dos Kurgan (ou outras que seguem o modelo invasionista) porque lhes quadra melhor coas desfasadas noçóns de Urheimat, Urvolk, Urreligion, etc, e o o método essencialmente equivocado da Paleontologia Linguística de Pictet. Preferem aceitar umha teoria totalmente desacreditada no mundo da arqueologia que soltar o lastre da tradiçom. É dizer som humanos e, como a maioria dos humanos, som "preguiceiros" e temerosos das grandes mudanças.
Porém, hai outros linguistas que apostam por outros modelos explicativos. Uns seguem a teoria de Renfrew que, para resumir, defende que os indo-europeus forom o povo que trouxo a agricultura a Europa desde Anatólia. Se bem esta teoria desmonta magnificamente os postulados invasionistas, eu nom estou de acordo com ela, porque cai no mesmo erro simplista de um Urvolk, umha Urheimat, etc. Eu estou máis de acordo coa teoria (ou Paradigma) da Continuidade Paleolítica, que postula que a diferenciaçom principal das distintas ramas indo-europeas já se deu no Paleolítico Superior e que, trás a última glaciaçom, a expansom da agricultura e posteriormente a sucessom de episódios de elites dominantes típicos Idade dos metais, o elemento linguistico fundamental que explica a diferenciaçom e fragmentaçom dentro das famílias de línguas indo-europeas é a HIBRIDAÇOM.
Para máis informaçom: www.continuitas.org. Tamém recomendável www.languagecontinuity.blogspot.com. Neste modelo, que foge das simplistas árvores genealógicas e prevê processos de mudanças máis complicados e máis prolongados no tempo, é possível postular que as línguas celtas (ou melhor dito, aqueles “lingüemas” que logo acabariam dando nas línguas celtas que conhecemos) eram já faladas no refúgio ibérico durante a última glaciaçom. Desde ali grupos de falantes destas variedades celtoides seguirom a retirada do geo até Escócia ao longo da costa atlântica e outros ficarom na Península Ibérica, onde topamos as línguas tartéssica, a galaico-lusitana e o(s) celtíbero(s).
A afiliaçom das duas primeiras variedades co resto das línguas celtas é o que hojendia está em discussom, pois o material co que trabalham os especialistas é tam escasso que se pode argumentar a favor ou em contra da tese com igual fundamento. Em resume, Príncipe dos Mouros, com todo isto escrito só queria fazer constatar que a cousa nom está tam clara como o pintas, Que os intentos de localizar umha origem para o povo originário indo-europeu pode considerar-se "un fracaso sin paliativos", em palavras de Francisco Villar. Hai, afortunadamente, alternativas que, devem ser exploradas. Porém, douscentos anos de tradiçom som umha lousa demasiado pesada para moitos estudiosos.
La teoría de continuidad paleolítica es una burrada sin presencia en foros serios.