Por Galicia Confidencial | Lisboa | 28/03/2016 | Actualizada ás 10:25
"Também na Galiza, as pessoas mais lúcidas já perceberam há muito que o nacionalismo galego só poderá sobreviver no quadro mais vasto do trans-nacionalismo lusófono". É unha das reflexións que fai Renato Epifanio, presidente do MIL (Movimento Internacional Lusófono) nun artigo publicado no xornal portugués Público no que aposta pola unión dos países lusófonos para manterse nun mundo globalizado.
No seu artigo "Nacionalismo, anti-nacionalismo e trans-nacionalismo", sobre a figura do filósofo, poeta e ensaísta portugués George Agostinho Baptista da Silva, Epifanio suliña que, curiosamente a diferencia do que acontece en Portugal, o nacionalismo galego é apoiado expresamente por moitos antinacionalistas portugueses" pela simples mas suficiente razão que em Portugal ser nacionalista passe por ser uma posição de “direita” e na Galiza o nacionalismo seja visto como uma posição de “esquerda”.
Neste caso, alude ao Bloque Nacionalista Galego, un "partido nacionalista – assumidamente de “esquerda”", sinala que tivo en Galicia "no passado recente, os melhores resultados eleitorais",
Así, suliña que Agostinho da Silva foi "um trans-nacionalista lusófono" e que prefigurou para Portugal e para os restantes países de língua portuguesa "um caminho de convergência". "Deixou-nos igualmente outras portas abertas: por exemplo, a do trans-nacionalismo ibérico e mesmo hispânico, vislumbrando uma possível união entre os países hispânicos e lusófonos, muito para além do espaço ibérico", engade.
"Na sua visão, um país como Portugal não poderia sobreviver sozinho num mundo cada vez mais globalizado. Como nunca se iludiu com a nossa integração europeia, essa convergência com os restantes países de língua portuguesa parecia-lhe a melhor forma de garantir a existência histórica de Portugal, fortalecendo inclusive a nossa posição no seio da Europa", engadee.
Por iso, suliña, o pensador e filósifo "não era realmente um nacionalista" porque para um país como Portugal, "a posição nacionalista era demasiado insuficiente para garantir a súa existência histórica". "Se mesmo um país como o Brasil não pode sobreviver sozinho num mundo cada vez mais globalizado, quanto mais um país como Portugal. De resto, sempre foi assim na nossa história. Foi sempre uma hábil política de alianças trans-nacionais o que foi garantindo, até hoje, a nossa existência histórica".
Se tes problemas ou suxestións escribe a webmaster@galiciaconfidencial.com indicando: sistema operativo, navegador (e versións).
Agradecemos a túa colaboración.